quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Realidade, Frustração, Fé e uma Lágrima


Pois é, era de se esperar que um mísero mendigo não tivesse êxito em sua vida tão facilmente. Eu não deveria estar escrevendo aqui tão cedo, uma vez que estava de cuia pronta para meu êxodo extracontinental. Mas como já diz o dito popular aonde é pregado que alegria de pobre dura pouco é totalmente verídico. Uma vez que fui pego completamente desprevenido com a notícia que minha boxeadora iria para um campeonato mundial em Tókio, frustrando assim o meu sonho de viver o resto da minha humilde vida ao lado da minha amada em Budapeste.

Encontro-me no momento completamente sem chão, onde a razão não faz mais sentido onde a única coisa que movia esses 70 kg de carne dura de noites mal dormidas nas escadarias do Fórum municipal de uma cidade do interior do Mato Grosso deixou de estar do meu lado. É dura a realidade, não alimento muito a idéia de que um dia ela possa voltar para mim, mesmo sendo perfeitamente possível, mas como vou entrar em contanto com ela? Como vou fazer-la apaixonar por mim novamente, se é que eu conseguir um dia. Sei que estou muito pessimista, mas essa é minha dura realidade que martela o meu crânio rompendo minha fé. A fé de que um dia eu possa ter um futuro que não seja meu corpo desfalecido na sarjeta é a que eu possa ter-la novamente em meus braços para que eu possa fazer os seus problemas pessoas tão pequenos perto do meu amor que eu me torne o seu porto seguro, e farei isso porque eu a amo, amo de maneira que nunca amei ninguém em toda minha odisséia pela América Latina.

Mas, a realidade infelizmente é outra meus caros amigos. Torno-me a encontrar vagando sem chão sob meus pé e ar sobre minha cabeça, uma atmosfera aonde os sons, as luzes, os odores se perdem no vácuo em que minha mente se afogou; a cura para isso? A esperança de que um dia que minha escandinava volte, ou apenas o tempo que passa deixando a marca mais profunda da natureza emocional de um ser humano.

Um comentário:

hdg disse...

não há comentário... não há consolo...

sei de sua dor meu nobre colega, só me ofereço como ouvido amigo...